O Dia Mundial de Luta contra a AIDS é
celebrado em todo o mundo no dia 1º de dezembro. No Brasil, há vários
anos a Pastoral da Aids vem implementando, nesta data, iniciativas e
ações com o objetivo de informar e orientar toda a população sobre a
epidemia do HIV/Aids e da necessidade do diagnóstico precoce para o HIV.
Além disso, a campanha busca acompanhar e apoiar as pessoas que se
descobrem portadoras do HIV na realização do tratamento precoce, para
evitar o adoecimento e ter uma melhor qualidade de vida.
Este ano o trabalho será concentrado no
tema: “Em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), contra o HIV”. A ideia
é que toda a Igreja, bispos, padres, pastorais e leigos a se engajarem
na luta contra a Aids e principalmente na informação e orientação para
que a população vá à rede pública de saúde buscar o diagnóstico precoce
para HIV. O teste é rápido, seguro e sigiloso, está disponível na rede
de saúde e é um direito de todos.
“Os avanços da medicina, o esforço de
gestores e o empenho da sociedade civil fizeram da Aids uma doença
tratável. Com o conhecimento das tecnologias é possível viver com
qualidade, mesmo tendo HIV. É o SUS que garante estes avanços. Apoiar o
SUS é apoiar a resposta brasileira contra a Aids. Para melhorar a
qualidade de vida e evitar novas infecções e óbitos por causa do HIV é
preciso fortalecer e ampliar a rede de cuidados”, esclarece a
coordenação nacional da Pastoral da Aids.
A campanha será realizada pelos agentes
da Pastoral da Aids e de outras pastorais nas dioceses do Brasil, a
partir do dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Outras frentes
O Departamento de Vigilância, Prevenção e
Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do
Ministério da Saúde também prepara uma campanha que vai trabalhar a
Prevenção Combinada do HIV. A proposta é ampliar a gama de opções que os
indivíduos possuem para a prevenção contra o vírus e oferecer mais
alternativas cientificamente eficazes, por meio da combinação de novas
estratégias comportamentais e biomédicas baseadas em direitos humanos e
informadas por evidências.
A prevenção combinada engloba, além do
uso do preservativo, o tratamento como prevenção, a Profilaxia
Pós-exposição (PEP) e a Profilaxia Pré-exposição (PrEP). Todas essas
novas estratégias devem ser vistas e consideradas como novas opções no
leque de estratégias que compõem a prevenção combinada ao HIV.
Protocolos para o Tratamento do HIV no Brasil
Desde 2013, o Ministério da Saúde,
através do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais (DDAHV), têm
disponibilizado os medicamentos antirretrovirais de forma gratuita a
todas as pessoas vivendo com HIV/AIDS – independente do nível do CD4. O
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo
HIV em Adultos, implementado em dezembro de 2013 durante as celebrações
do Dia Mundial de Luta contra a AIDS, também é um marco do início da
política brasileira de “Testar e Tratar” e do uso do Tratamento como
prevenção pelo país.
Já o mais recente Protocolo Clínico e
Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Antirretroviral Pós-Exposição de
Risco à Infecção pelo HIV atualizou as recomendações brasileiras para o
uso de medicamentos antirretrovirais para a Profilaxia Pós-exposição
(PEP).
UNAIDS
O
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), estima que
36,7 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV ao redor do mundo, 57%
sabem que são soropositivos e apenas 46% tem acesso ao tratamento. Além
disso, o levantamento mostra que 1,1 milhão morreram em decorrência de
doenças relacionadas à AIDS, entre 2010 e 2015. No Brasil, estima-se que
830 mil pessoas têm o vírus HIV. Desses, somente 55% fazem o
tratamento. Os dados revelam ainda que em média 44 mil novos casos são
notificados por ano. Os números revelam ainda que entre 2010 e 2015, 15
mil mortes foram em decorrência da doença. Segundo a Unaids, 40% das
infecções da América Latina estão concentradas no Brasil.
A expectativa da Unaids é, até 2030,
tornar o número de novas infecções baixos a níveis não epidêmico
cumprindo a meta 90-90-90: que 90% de todas as pessoas com HIV conheçam
seu diagnóstico, que 90% das diagnosticadas sejam tratadas
imediatamente, e que 90% das tratadas possuam carga viral indetectável e
não possam mais transmitir o vírus.
Sobre o HIV e a AIDS
HIV é um vírus que se espalha através de
fluídos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico,
conhecidas como células CD4, ou células T. Sem o tratamento
antirretroviral, o HIV afeta e destrói essas células específicas do
sistema imunológico e torna o organismo incapaz de lutar contra
infecções e doenças. Quando isso acontece, a infecção por HIV leva à
AIDS.
O que é HIV?
HIV é uma sigla para vírus da
imunodeficiência humana. É o vírus que pode levar à síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS). Ao contrário de outros vírus, o corpo
humano não consegue se livrar do HIV. Isso significa que uma vez que
você contrai o HIV, você viverá com o vírus para sempre.
Disponível em: http://cnbb.net.br/pastoral-da-aids-prepara-atividades-para-dia-mundial-de-luta-contra-a-doenca/
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